rio que transborda ~ águas de dilúvio ~ desaguando em qualquer mar ~ todo o mar ~ maré cheia
sexta-feira, 27 de julho de 2012
Tente assistir à destruição com desprendimento, quase como se isso
estivesse acontecendo com uma outra pessoa. Diga "sim" ao processo ao
encontrá-lo a meio caminho.
O sentido normal das palavras não faz bem ao poema. Há que se dar um gosto incasto aos termos. Haver com eles um relacionamento voluptuoso. Talvez corrompê-los até a quimera. Escurecer as relações entre os termos em vez de aclará-los. Não existir mais rei nem regências. Uma certa luxúria com a liberdade convém.Manoel de Barros