e dessa liquidez, b e b a

rio que transborda ~ águas de dilúvio ~ desaguando em qualquer mar ~ todo o mar ~ maré cheia

sábado, 29 de setembro de 2007

ainda que..


fico na ânsia de te abandonar
quando o teu corpo se atreve
a num olhar mascarar
aquilo que não é de neve

o ciúme é um segredo que guardas dentro de ti

por ti não sinto ciúme algum
talvez por saber que em tempo nenhum
seremos um lugar-comum.

fico na ânsia de te abandonar
mas esse teu olhar..
e se falasses magia, sonho e fantasia
e se falasses encanto, quebranto e condão
feitiço, transe-viagem, alucinação

fico na ânsia de te abandonar
quando o teu corpo se atreve
a lançar aquele olhar
e um sorriso abreviar.

fico na ânsia dos sem-chão, sem-teto,
sem-ar.











*poemeta antiguinho, de uns 3 meses.

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